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Ministro Celso Amorim apela para recuperação econômica e destaca cooperação Sul-Sul

18/11/2009

Escrito por: Fonte – Organização Internacional do Trabalho

Ministro Celso Amorim apela para recuperação econômica e destaca cooperação Sul-Sul
GENEBRA (Notícias da OIT) - O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse que uma nova governança global é necessária para proteger os membros mais vulneráveis da sociedade contra os efeitos adversos da crise econômica mundial e exortou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) a continuar desempenhando um papel de liderança na promoção do trabalho baseado na recuperação da economia e de uma globalização mais justa.

“Isto é mais do que uma crise bancária e financeira, é uma crise de dogmas”, disse Amorim, lembrando as palavras do presidente Lula durante a Cúpula Mundial sobre Emprego, que teve lugar em Genebra em junho passado e foi convocada pela OIT. Acrescentou que “é nossa obrigação uma reforma da governança global e proteger os mais vulneráveis dos piores efeitos da crise. A OIT desempenha um papel fundamental neste contexto”.

Amorim, que foi o orador principal do Grupo de Trabalho sobre a Dimensão Social da Globalização durante a reunião do Conselho de Administração da OIT, disse: “não é suficiente dizer ‘o que precisamos para sair da crise’. Nós precisamos sair da crise através da criação de empregos, empregos decentes”.

Ele disse que o Pacto Global pelo Emprego, adotado em junho deste ano pelos constituintes tripartites da OIT foi particularmente importante porque colocou as medidas anti-cíclicas e a proteção social no centro dos esforços de recuperação da economia. Segundo ele, o Brasil apresentou uma resolução ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) para que o Pacto Global seja adotado em todos os fundos e programas da ONU.

“O Pacto é uma referência para todo o sistema das Nações Unidas e as instituições de Bretton Woods. É nossa responsabilidade implementá-lo tanto em nível local quanto internacional”, disse. “É nosso dever comum encontrar um caminho para sair da crise, mas as soluções dependem de cada caso específico.Não há um único país que não tenha bons exemplos para oferecer e nenhum país que não tenha nada para aprender”.

O Diretor-Geral da OIT, Juan Somavia, endossou o apelo de Amorim em apoio à recuperação econômica e disse que “talvez não devamos usar a palavra recuperação até que vejamos a tendência do desemprego firmemente para baixo. Nós da OIT desenvolvemos a noção de que a recuperação ocorre quando as pessoas sentem a recuperação e quando os postos de trabalho existem”.

Somavia disse que é hora de aplicar os mesmos esforços e criatividade política para criar empregos e apoiar as empresas da mesma forma como foi feito para salvar os bancos e o sistema financeiro, e acrescentou: “este é um critério fundamental pelo qual a evolução futura deste crise será compreendida”.

A presidente do Conselho de Administração, embaixadora Maria Nazareth Farani Azevedo, do Brasil, ressaltou que a presença do ministro Amoriam foi particularmente importante para que o Grupo de Trabalho seja informado sobre a nova ordem econômica mundial e sobre os esforços para superar a atual crise.

“A OIT, com sua composição tripartite e abrangente, desempenha um papel central, legítimo e indispensável em busca de uma recuperação econômica que combina, como seus principais elementos, o avanço da produção e a criação de trabalho decente com proteção social. E é a OIT quem deve liderar este processo”, disse a embaixadora Farani Azevedo.

Amorim disse que não é difícil avaliar os efeitos que a crise econômica mundial estava tendo em termos de aumento da pobreza e do desemprego. Ele congratulou-se com a recente declaração adotada pela Cúpula do G20 em Pittsburgh e salientou a importância da participação da OIT nestas discussões. “Ao destacar os aspectos humanos da crise, os Chefes de Estado deixaram bem claro que o mercado, seja ele financeiro ou de qualquer outro tipo, não deve ser um fim em si mesmo, mas sim um instrumento da economia real”, disse ele.

Ele também se referiu ao importante papel da cooperação Sul-Sul no combate à pobreza e ao impacto da crise econômica. Ele disse que o Brasil já está cooperando com a OIT nas áreas de proteção social e no combate ao trabalho infantil em países como Haiti, Paraguai, Equador, Angola e Timor Leste. O sr. Somavia disse que a cooperação Sul-Sul é extremamente importante para a OIT e um mecanismo útil para compartilhar lições e experiências da crise econômica.
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