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Em sete anos, 63,7 milhões de brasileiros ascenderam socialmente

23/03/2012

Classe C representa 54% da população, em 2005 esse estrato respondia por 34%

Escrito por: Evelyn Pedrozo, da Rede Brasil Atual

São Paulo – A classe C representa 54% da população brasileira, ou seja, 103 milhões de pessoas, com aumento de um ponto percentual em relação a 2010, quando totalizava 101,6 milhões. Na comparação com 2005, quando esse grupo chegava a representar 34% da população, ou 62,7 milhões de pessoas, a participação cresceu 20 pontos percentuais. Os dados fazem parte da pesquisa O Observador Brasil 2011, divulgada hoje pela Cetelem, financeira do grupo francês BNP Paribas em parceria com o instituto Ipsos. Realizada desde 2005, a pesquisa mostra que 63,7 milhões de brasileiros ascenderam socialmente no Brasil nos últimos sete anos.

A classe C, a que mais cresceu entre 2010 e 2011, recebeu 2,7 milhões de pessoas que deixaram as classes D e E. Para as classes A e B ascenderam 230 mil pessoas, e esse estrato apresenta crescimento considerável também entre 2005 e 2011, deixando de representar 15% da população no primeiro período e saltando para 22%. Ao mesmo tempo, o estudo mostra uma queda vertiginosa dos ocupantes das classes D e E, que passaram de 93 milhões em 2005 para 45,2 milhões em 2011.

Renda

A pesquisa mostra que em 2011, houve novo aumento da renda dos brasileiros, fruto do aumento de renda da Classe C, na qual a renda média disponível cresceu quase 50% e a renda familiar média cresceu quase 8%. Apesar da estabilidade da renda familiar das classes AB e DE, a renda disponível das famílias em 2011 cresceu nas diferentes classes. O aumento da renda disponível em todas as classes sociais indica que houve maior contenção de gastos.

A renda familiar mensal da classe C subiu de R$ 1.338 em 2010 para R$ 1450 em 2011, mas a renda disponível (quando se subtraem os gastos da renda total) cresceu em todas as classes, com destaque para a C, que avançou 50%.

A renda disponível dos indivíduos de menor escolaridade cresceu como reflexo de um 2011 pleno de emprego, em especial nas atividades de média e baixa qualificação. Para as pessoas com nível superior, a renda caiu 5%.

As classes sociais utilizadas no estudo são as definidas pelo CCEB (Critério de Classificação Econômica Brasil), fornecida pela Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa). O conceito não considera a renda, mas a posse de itens como eletrodomésticos, veículos, quantidade de cômodos na casa e grau de instrução do chefe de família.

Gastos

A pesquisa mostra que os gastos em 2011 em relação a 2010 e anos anteriores ficaram estáveis. A classe C foi a única que teve gasto declarado maior. Nas demais, o gasto total da família foi menor que em 2010.

O item moradia, diferentemente dos gastos com supermercado, energia, gás, água, transporte e remédios, que não apresentaram mudanças significativas, foi o maior gasto do brasileiro em 2011. As despesas com aluguel subiram 14% e as prestações de casa própria, 23%.

O gasto também foi alto com convênios médicos e lazer, assim como as despesas com empregadas domésticas.

Avaliação geral

Em 2011, a nota de avaliação geral do Brasil registrou a primeira queda em comparação aos anos anteriores da pesquisa, com 0.6 ponto menor que a de 2010.

Em 2009 e 2010 o otimismo superou a preocupação e o entusiasmo superou a revolta na percepção dos brasileiros em relação à palavra que para eles melhor descrevia seus sentimentos em relação ao futuro. Em 2011, cresceu a proporção de indivíduos que citaram preocupação e revolta como sentimentos que melhor descreveriam seu futuro. Oimismo e entusiasmo foram proporcionalmente mais mencionados nas classes A e B, preocupação e revolta foram relativamente mais mencionados nas classes D e E. A classe C se divide entre os que estão otimistas e os que estão preocupados.

Compra

Brasileiros demonstraram cautela na pretensão de compra em 2011 na comparação com 2010, especialmente nos itens carros e computadores de mesa, mas a intenção de comprar imóveis e equipamentos esportivos se manteve.

 A pretensão para pagamento de imóveis à vista cresce em 2012, especialmente nas classes A e B. Também cresce a pretensão de pagar carros à vista em menor proporção do que em 2011.

 O estudo tomou por base entrevistas com 1,5 mil pessoas realizadas entre 17 e 23 de dezembro de 2011. 

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