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Mais de um terço das mortes de profissionais de enfermagem por covid-19 aconteceram no Brasil

03/02/2021

Em 2020, foram mais de 44 mil enfermeiros, técnicos e auxiliares afastados do trabalho e colocados em quarentena após serem infectados pelo novo coronavírus no Brasil

Escrito por: SINDESC

 

O negacionismo e a falta de responsabilidade de políticos e de governantes brasileiros seguem causando vítimas em todo o país. Um levantamento publicado pelo Conselho Federal de Enfermagem mostra a assombrosa estimativa: mais de 500 enfermeiras, técnicos e auxiliares de enfermagem e obstetrizes morreram em decorrência da Covid-19 no Brasil. 30 só na primeira semana de 2021.

 

Esse número equivale a um terço de todos os profissionais de Enfermagem mortos na pandemia em todo o planeta.

 

É a mesma quantidade de profissionais desse setor que morreram na I Guerra Mundial.

 

De acordo com dados divulgados no domingo (17/01) pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (SESA), no estado já são 167 mortes de profissionais da Saúde, sendo 49 da Enfermagem (oficialmente).

 

Mais de 5.600 profissionais de Enfermagem tiveram a confirmação da Covid-19 no Paraná.

 

O impacto da doença entre aqueles que atuam na linha de frente no combate à pandemia passou por algumas etapas diferentes desde sua chegada ao Brasil.

 

Na fase mais aguda do começo, a falta de equipamentos de proteção individual (EPI) foi responsável por comprometer muitas equipes. Depois, quando chegaram, muitos eram de má qualidade e pouca efetividade.

 

Também houve falta de um protocolo rígido e claro sobre como deveria ser a atuação dos trabalhadores sobre como atuar em hospitais com leitos para Covid-19, especialmente na iniciativa privada.

 

Há relatos de que muitos contágios aconteceram no momento da desparamentação dos profissionais (quando retiram os EPIs), pois não era hábito usar equipamentos como gorro, face shield, avental e máscara N-95.

 

Exaustão

 

Agora, nesta nova fase da pandemia no Brasil (que não pode ser chamada de “segunda onda” porque, diferentemente de outros países, a pandemia nunca retrocedeu a níveis considerados estáveis por aqui), as contaminações e mortes desses profissionais podem ser atribuídas também a outros fatores. A exaustão é um deles.

 

Segundo a presidente do SINDESC, Isabel Cristina Gonçalves, as equipes de profissionais estão exaustas, trabalhando sem parar desde março, e isso aumenta os riscos. Além disso, o relaxamento de medidas preventivas estimulado por setores políticos e econômicos colocaram o Brasil em seu pior momento a partir de dezembro.

 

As festas de final de ano pioraram a situação e a conta chegou: 7 de janeiro foi o dia com a maior quantidade de casos confirmados desde o início da pandemia: quase 90 mil novos infectados e mais de 1.500 mortos (segundo pior desde o começo).

 

Todo esse cenário reflete nos perigos para o pessoal da Saúde. Em 2020, foram mais de 44 mil enfermeiros, técnicos e auxiliares afastados do trabalho e colocados em quarentena após serem infectados pelo novo coronavírus no Brasil. O número é expressivo dentro de um universo de pouco mais de 2 milhões de trabalhadores da área.

 

O começo de 2021 já provou que este ano pode ser igual ou pior. Só a vacinação em massa e a retomada da consciência das pessoas (especialmente das que seguem líderes políticos irresponsáveis que negam a ciência e estimulam a crença em remédios sem eficácia ou em “curas” que não existem) poderão estancar esse verdadeiro genocídio que está sendo cometido contra os brasileiros.

 

Para a presidente do SINDESC, Isabel Cristina Gonçalves, quem estimula as pessoas a adotar comportamento negligente, também está colocando em risco a vida dos profissionais da área da saúde. Justamente das trabalhadoras e dos trabalhadores que estão colocando arriscando a própria vida para salvar a vida da população e, por isso, precisam ser tratados com respeito e dignidade.

 

Ainda teremos desafios imensos pela frente. Os governos precisam acelerar o máximo possível da vacinação em massa dos profissionais da Saúde e de toda a população. Esse é o único caminho para a saída dessa crise. Até lá, continuaremos exigindo que os empregadores ajam com responsabilidade e forneçam as melhores condições de proteção e de trabalho para a nossa categoria.

 

 

 

Fonte: https://bit.ly/3rpwHrX

 

 

 

 

 

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