“Aposentadoria fica, Temer sai!” - Sindisaúde-RS na luta com os trabalhadores!

"Aposentadoria fica, Temer sai!". Esse grito ecoou por Porto Alegre na quarta-feira, 15/03, à noite, quando cerca de dez mil pessoas tomaram as ruas da Capital na luta contra a nefasta Reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer. Quase a totalidade da diretoria do Sindisaúde-RS esteve presente no ato da Esquina Democrática, que começou às 17 h, e terminou por volta das 20 h. Antes, às 15 h, uma assembleia de mobilização, convocada pelo Fórum Gaúcho em Defesa da Previdência, do qual o Sindisaúde-RS faz parte, superlotou o auditório do Sindisprev-RS. Na assembleia, foi aprovada a campanha de mídia contra a Reforma, apresentada por Marcelo Prado, que também trabalha junto ao Sindisaúde-RS.

Grande vitória do dia

Foi o Fórum Gaúcho em Defesa da Previdência, aliás, que conquistou a boa notícia do dia: ainda de manhã, a juíza federal Marciane Bonzanini, da 1ª Vara Federal de Porto Alegre, concedeu liminar na ação civil pública impetrada pelas entidades que compõem o Fórum, incluso o Sindisaúde-RS, determinando a suspensão da campanha publicitária patrocinada pelo governo de Michel Temer (PMDB) em defesa da reforma da Previdência.

A ação defende o reconhecimento da ilegalidade e do desvio de finalidade e, consequentemente, da nulidade de todos os atos administrativos relacionados a essa campanha, por conta do descumprimento das normas constitucionais e legais sobre a publicização oficial de dados, que determinam o caráter informativo, educativo e de orientação social que deve estar presente em todas as campanhas governamentais. Ao mesmo tempo, por conta do caráter enganoso da campanha, que informa como verdadeiro um falso déficit da Previdência Social, a ação pede a promoção de contrapropaganda, com anúncios que retifiquem as informações divulgadas.

O ato

Desde as 17h, os trabalhadores começaram a reunir-se na Esquina Democrática. Foram diversas falas ao microfone no caminhão de som. Todas criticando a reforma da Previdência e chamando a população à luta contra a proposta de Temer. Eram cerca de 19h quando os trabalhadores saíram em caminhada, desceram a avenida Borges de Medeiros com diversos cantos e gritos contra Temer e sua reforma, contra o golpe e em defesa dos direitos dos trabalhadores, e encerraram a manifestação no Largo Zumbi dos Palmares. A promessa e expectativa, presentes em diversas falas, são de que o #15M tenha sido o embrião para a construção de uma greve geral nacional para barrar a reforma.

Diretoria do Sindisaúde-RS

Estiveram presentes, representando o sindicato: o presidente, Arlindo Ritter; o vice, Júlio Appel; as diretoras Ana Paula Capra, Marly Magalhães, Cláudia Regina Santos, Lisete Bueno, bem como os diretores Valmor Guedes, Ricardo Sarmanho, Paulo Vargas, João Gonçalves, Luciano Marangoni, Paulo Gonçalves e Paulo Rogério Cláudio. Todos acompanharam o ato do início ao final, dispersando apenas por volta das 20h e 30min.

Atos pelo Estado

O dia foi de mobilizações muito grandes em diversas partes do país. Em várias capitais, dezenas de milhares de pessoas estiveram nas ruas. Em cidades do interior de boa parte dos estados os trabalhadores também estiveram em marcha contra a reforma. No caso de Porto Alegre, diversas categorias de trabalhadores realizaram paralisações desde a parte da manhã, realizando atividades variadas durante a tarde. Os municipários, por exemplo, realizaram uma aula pública sobre a Previdência em frente à Prefeitura. Já os professores estaduais deram início a uma greve com um ato em frente ao Palácio Piratini e à Assembleia Legislativa, na Praça da Matriz. Por sua vez, o grupo de sindicatos que compõem o Fórum Gaúcho em Defesa da Previdência realizou uma assembleia unificada na sede do Sindisprev/RS, que também compõe o Fórum.

Unidade

As centrais sindicais – e sindicatos não vinculados a nenhuma delas, assim como movimentos populares e de juventude – uniram-se para conduzir o protesto. Essa unidade entre movimentos de diferentes matizes chamou a atenção e apontou para novas lutas unitárias possíveis.

Alexandre Haubrich, do Jornalismo B, e assessoria do Sindisaúde-RS