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Audiência reúne lideranças de Goiás em defesa do serviço público

06/09/2017

Evento contou com o apoio do Fórum Goiano contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista, do Fórum dos Servidores Públicos Federais e de vários sindicatos, entre eles o Sintfesp-GO/TO

Escrito por: SINTFESP GO/TO

 

Uma audiência pública ou reunião envolvendo todos os deputados federais e senadores por Goiás, um corpo-a-corpo com cada um dos atuais parlamentares representantes do Estado e uma ampla mobilização de todas as categorias de servidores públicos das três esferas (municípios, estado e União) junto à população, visando a defesa do Serviço Público. Esses foram alguns dos encaminhamentos resultantes de audiência pública realizada na quarta-feira, 30, na Assembleia Legislativa de Goiás, por iniciativa da deputada estadual Adriana Accorsi, do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), com o apoio do Fórum Goiano contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista, do Fórum dos Servidores Públicos Federais e de vários sindicatos, entre eles o Sintfesp-GO/TO.

 

Todas as falas destacaram as ações orquestradas em todo o mundo, por governos a serviço do capitalismo, principalmente a partir de 2008 (com a crise internacional), no sentido de reduzir ao máximo os investimentos públicos em políticas sociais, com o objetivo estratégico de privatizar até setores como Educação, Saúde, Previdência social, setores energético e elétrico (Petrobras e Eletrobrás), além de aprovar legislações trabalhistas que na prática extinguem qualquer capacidade de o trabalhador ter direitos mínimos respeitados -- como ocorre atualmente no Brasil.

 

"Estamos voltando aos tempos da escravidão com a reforma trabalhista", alertou a deputada Isaura Lemos. "Que proteção o trabalhador terá junto ao patronato? Se não aceita as regras do patrão, é carta descartada", corroborou Paulo Afonso, presidente Sindicato Policiais Rodoviários de Goias.

 

"Estamos na barbárie", denunciou Odessa Arruda, presidente da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho. Segundo ela, as normas internacionais do trabalho foram criadas para defender direitos dos trabalhadores. “Mas com essa reforma, no Brasil, toda a proteção que o trabalhador tinha caiu por terra". Ela considera que o governo Temer "está criando a ditadura patronal, dos patrões para os patrões. Se o País ainda está de pé é graças aos servidores públicos".

 

Francisco José, presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Goiás (SinpefGo), ressaltou as contradições do atual governo que quer fazer ajuste fiscal, fala em economia, mas é o mesmo governo Temer que gastou R$ 6 bilhões só com a liberação de emendas parlamentares, e outros R$ 2 bilhões com propaganda. Em alusão à emenda constitucional nº 95 que congela investimentos socais por 20 anos, o representante do Sinpef foi taxativo: “Não há plano econômico. Não há salvador da pátria; essa emenda veio pra matar essa geração que está despontando. Nos organizemos, tomemos consciência de que o que há são interesses internacionais que querem tirar a nossa riqueza e levar pra longe”.

 

A Procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho em Goiás, Janilda Guimarães de Lima, foi precisa em sua análise. Para ela, o capital financeiro mundial, representado pelas grandes corporações "compraram p Brasil". É o chamado "capitalismo de compadrio". A promotora avalia que o capital precisa da corrupção e, por meio dela, compra os legisladores. “Estamos vendendo todas as nossas riquezas. A Amazônia está vendida. A grilagem está sendo regularizada. Eles dizem que serviço público é ineficiente, mas como é possível fazer gestão eficaz com apenas 12% da força de trabalho do País composta por servidores públicos? Nos países desenvolvidos esse percentual é em geral de 30% e no mínimo de 21%”, informa. Ela também acredita que a saída é a luta: “"Se nós não nos unirmos vamos perder essa batalha", enfatizou.

 

Flavio Alves da Silva, da ADUFG (docentes da UFG) qualifica a emenda 95 como “uma desgraça para o País”. Com tantos cortes “Não terá recurso para o PNE (plano nacional da educação). A UFG, por exemplo, sofre corte de 45% no orçamento. “O objetivo é claro: privatizar!”, denuncia. Flávio demonstra preocupação com o que chama de “inércia dos trabalhadores”. Para ele, esse enfrentamento requer a mobilização da sociedade e de todas as categorias de trabalhadores.

 

Seis diretores do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência nos Estados de Goiás e Tocantins (Sintfesp-GO/TO) participaram do ato público: Mauro Mora, Wilma Almeida, Laura Simões, Antônia Gomes, Mara Regina e Gilzeli Sampaio.

 

Confira mais algumas opiniões expressadas durante a audiência pública:

 

“O momento requer a união de todos os trabalhadores e trabalhadoras. Esse governo golpista está propondo o fim da seguridade social, não podemos aceitar, temos que lutar!”

Professora Ailma – Fórum Goiano contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista e CTB

 

“Precisamos da união de todos contra esse governo corrupto que devastou e está vendendo o nosso País”

Dulce Costa – SINTSEP

 

“Precisamos nos unir. Servidores municipais, estaduais e da união e trabalhadores da iniciativa privada. Não vamos aceitar esse desmonte, não vamos aceitar que entreguem o Brasil com os brasileiros juntos para o capital internacional. Vamos para as ruas”

Bia de Lima - Sintego

 

“É preciso comunicar toda a sociedade, envolver a população sobre o que está ocorrendo; temos que nos unir à população”

Irani dos Reis - Sindsaúde

 

"Temos que nos unir, trabalhadores dos campos e das cidades, para enfrentar esse governo golpista. À luta, companheiros e companheiras"

Walter Monteiro - CMP

 

 

Cláudio Marques

Assessoria de Comunicação

 

 

 

 

 


 

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