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A intervenção militar no INSS

24/01/2020

O caos anunciado é o mesmo que o SINSSP e as demais entidades sindicais vêm alertando a longa data.

Escrito por: SINSSP

 

A Gestão desastrosa do Governo Bolsonaro que inclui o Ministro Paulo Guedes e o Presidente do INSS, Renato Vieira, volta a atacar com a sua política privatista e militarista e o alvo da vez é o INSS.

 

O SINSSP, por inúmeras vezes, alertou a categoria, a população e o governo do caos que o INSS se tornaria caso não houvesse concurso público para repor a mão de obra dos servidores que iriam se aposentar, o último concurso ocorreu em 2013.

 

Como numa “poção mágica”, o INSS se convenceu que o processo de informatização (iluminados da DIRAT) daria conta de todas as mais de 10 mil aposentadorias ocorridas desde 2017 até hoje e começou a implementar uma política de tirar todos os atendimentos presencias e colocá-los no atendimento remoto por telefone através do número 135 e via internet pelo “Meu INSS”.

 

Erro feio! Essa estratégia criou uma bagunça e o INSS não estava e ainda não está preparado para suportar toda a demanda represada. Os sistemas não funcionam e não estão interligados, o suporte é ineficiente, os equipamentos estão obsoletos e sem manutenção, há baixa capacidade de internet, redução pela metade dos estagiários contratados, trava no sistema por conta da reforma da previdência, esses são alguns pontos diante da imensidão de problemas que a Casa tem.

 

Mesmo diante de todo o caos os servidores do INSS aumentaram a sua produtividade e passaram a conceder mais benefícios. Mas, não adianta implementar um projeto mal planejado como foi o INSS Digital para ganhar mídia se não há mão de obra suficiente para atender a real demanda e a única saída para resolver esse problema é a realização de concurso público para repor a mão de obra.

 

Porém, o governo optou por aplicar um verdadeiro golpe de marketing e resolveu por meio de um Decreto chamar 7 mil militares da reserva para trabalhar no INSS. Estranhamente nos últimos dias a mídia deu destaque a pauta sobre o caos no INSS repercutindo as dificuldades que a população está tendo para adquirir o seu benefício como se isso não tivesse sido anunciado a longa data pelas entidades, sindicatos e pelo próprio SINSSP.

 

O Governo com essa medida quer abafar a repercussão negativa que está tendo com o grande número de processos parados para serem analisados. Mas, ele sabe que isso não vai dar certo, pois mesmo os serviços menos complexos do INSS exigem um certo tempo de aprendizagem.

 

O Governo, em entrevista coletiva concedida em 14 de janeiro, admitiu que falta servidores, porém, não voltou atrás da decisão de não fazer concurso público e ao invés de chamar os servidores do INSS que aposentaram recentemente e que detém conhecimento técnico para trabalhar optou por chamar os militares reservistas para ganharem 30% a mais nos seus salários.

 

Fala-se tanto em economizar, mas o governo resolveu escolher os militares e pagar mais por isso ao invés de optar pelos servidores aposentados que traria um gasto bem inferior para os cofres públicos, essa conta não fecha e não adianta justificar que não pode chamá-los, pois há vários servidores aposentados prestando serviço no INSS.

 

Analisando essa conjuntura é fácil saber que essa medida não vai resolver nada, pelo contrário, vai piorar ainda mais o atual quadro podendo justificar demissões, terceirização dos serviços dando continuidade ao sonho dourado do Governo que é a Privatização da Previdência Social.

Agora imagine, você servidor, sendo monitorado por um militar durante a sua jornada de trabalho? Serão 7 mil militares, um para cada dois servidores. Se hoje a situação é de muita pressão e estresse o que será quando os “fardados” começarem a trabalhar?

 

Militarizar o maior órgão público federal é muito grave. Isso tem uma caracterização sintomática de Intervenção Militar.

 

O SINSSP questionará judicialmente essa medida e vai exigir a abertura de concurso público imediatamente, mas o que vai resolver de fato essa situação é a mobilização da categoria, já passou da hora e os servidores precisam ir à luta construindo a GREVE no INSS e dos servidores público federais antes que seja tarde para toda a Sociedade.

 

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