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Uma semana de greve na Scania por reposição salarial

22/10/2016

Trabalhadores prometem continuar mobilizados a partir de segunda-feira, e abertos à negociação

Escrito por: Isaías Dalle

A greve na fábrica da Scania em São Bernardo completou cinco dias na última sexta-feira, dia 21. O conjunto de 3.300 trabalhadores e trabalhadoras querem a reposição integral da inflação acumulada nos últimos 12 meses, que registra 9,62% segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

A empresa, no entanto, quer apenas 5% nos salários agora e um abono linear em janeiro - o valor desse abono não é divulgado pelo Sindicato para evitar interferências em outras negociações em curso no setor. "Queremos a reposição da inflação já. Estamos mobilizados e abertos à negociação, porque queremos encontrar uma boa solução para esse impasse", conta Carlos Caramelo, diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e trabalhador da Scania há 25 anos.A linha de caminhões V8 é destaque no mercado internacional

Segundo Caramelo, apesar da resistência da empresa em repor a inflação imediatamente, a fabricante de caminhões e ônibus mantém sua posição no mercado e não há previsão de demissões. Entre janeiro e setembro deste ano, conforme dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a Scania vendeu 3.475 unidades no mercado interno, entre caminhões semipesados e pesados e ônibus. No mesmo período, foram exportadas 17.304 unidades, totalizando 20.779 vendas. Por outro lado, a fabricante produziu 44.042 unidades no período. A Scania, de origem sueca, atualmente pertence ao grupo Volkswagen.

Na fábrica de São Bernardo, à beira da Via Anchieta, ocorreu a histórica greve iniciada em 12 de maio de 1978, em plena ditadura, momento em que a inflação corroía os salários e os índices eram manipulados pelo governo. Aquela greve, detonada por Gilson Menezes, deu início ao ciclo de paralisações que geraria o Novo Sindicalismo, a liderança de Lula e o nascimento da CUT e do PT.

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