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Abertura da 11º CONCUT

10/07/2012

Na presença de 2,5 mil delegados o presidente da Central, Arthur, afirma intensificar as mobilizações por aumentos salariais e por ampliação de direitos

Escrito por: Clara Bisquola - imprensa CNTSS

Na cerimônia oficial de abertura do 11º CONCUT (Congresso Nacional da CUT), realizada ontem (09), na Expo Center Transamérica, em São Paulo, apresentada pela atriz Ester Góes, estiveram presentes, entre outros , o senador Eduardo Suplicy; os deputados federais José Fillipi Júnior e Telma de Souza; o deputado estadual Luiz Claudio Marcolino; e os presidentes das centrais CTB, Vagner Gomes; CGTB, Ubiraci Dantas; Força Sindical, Miguel Torres e UGT, Ricardo Patah, além da representante da OIT no Brasil, Laís Abramo, o presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI) Michael Sommer e do  secretário-geral da Central Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), Victor Baez.

 

Artur Henrique, presidente da Central, na abertura afirmou que a entidade vai se dedicar às eleições municipais deste ano, defendendo voto em candidatos de origem popular e trabalhista, e que vai intensificar as mobilizações por aumentos salariais e por ampliação de direitos. Artur destacou as mobilizações dos servidores públicos, que neste período pressionam o governo federal por aumentos e reestruturação de carreira, e disse que a valorização desses trabalhadores é indispensável para fortalecer o Estado como indutor do crescimento, papel este que, lembrou Artur, foi o instrumento de melhoria da distribuição de renda e do combate à crise nos últimos 11 anos.

 

“ Vamos  ter cinco dias de debates para discutir a vida real dos trabalhadores e trabalhadoras, suas lutas e seus anseios, com  representantes de todos os cantos do país  para que possamos continuar em nosso empenho na defesa de um projeto político democrático e popular para aprofundar as mudanças necessárias no Brasil e avançar na sociedade brasileira. E o resultado desses debates da classe trabalhadora  tem que estar no centro de debate na pauta do Congresso Nacional. Não podemos continuar permitindo que a pauta do capital tenha prioridade sobre a pauta do trabalho”.

 

Artur também atacou a recente derrubada do presidente paraguaio Fernando Lugo, que classificou como “golpe”, e usou o exemplo para afirmar que “a direita está viva, o neoliberalismo ainda não acabou”. Por isso, disse, é preciso ter partidos fortes e o movimento social precisa estar permanentemente mobilizado. “Mas isso não basta. É preciso radicalizar a democracia, ampliar o controle social e a participação popular nas decisões e na condução do País”, completou.

 

Artur, que neste Congresso deixa a Presidência da CUT após seis anos e dois mandatos, abraçou o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, ao comentar o posicionamento da Central nas eleições do segundo semestre deste ano. “Daqui a pouco, estaremos numa intensa disputa política. E a CUT não tem vergonha de dizer que tem lado nessa disputa. Nós não podemos permitir o retrocesso, a volta dos derrotados, do neoliberalismo. E a nossa ferramenta para fazer essa disputa é a Plataforma da Classe Trabalhadora para as Eleições”, comentou. A Plataforma é um documento com diversas propostas da CUT para os candidatos, e a CUT pretende apoiar aqueles que se comprometerem em buscar a implementação delas.

 

Artur também anunciou que a Central vai se empenhar nas mobilizações das entidades do campo por reforma agrária previstas para o mês de agosto. “Nós sabemos da importância da reforma agrária para o modelo de desenvolvimento que queremos”.

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS),em sua fala citou alguns temas em debate pelo Congresso Nacional , entre eles redução da jornada dos enfermeiros para 30 horas semanais, e o fim do fator previdenciário. “ O governo criou uma comissão especial e deverá estar discutindo com o líderes partidários na próxima semana onde esperamos chegar em um entendimento para colocar em votação no final de agosto. Mas é necessário a mobilização da classe trabalhadora  que se faça presente e acompanhe todo o processo como também a redução da Jornada para as 40H”, finaliza Marcos Maia.

 

Falando em nome da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), Nalu Faria destacou o papel histórico que a CUT tem desempenhado na luta pela emancipação da classe trabalhadora, rumo à construção de um novo modelo de produção e consumo.

 

O ministro do Trabalho e Emprego, Leonel Brizola Neto no final de sua fala afirmou que é inadmissível que as empresas usem e abusem da rotatividade para enxugar custos e se comprometeu a, junto com CUT e as demais centrais, enfrentar o problema de o país anualmente gerar 17 milhões de empregos e desempregar 15 milhões.

 

Encerrando o ato, o presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI) Michael Sommer, reiterou o papel da CUT no enfrentamento à crise como um estímulo à luta do sindicalismo mundial para impedir o retrocesso e avançar nas conquistas.

 

 

Escrito com a colaboração  da matéria de Isaías Dalle e Leonardo Severo

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