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CNTSS/CUT denuncia golpe de Temer durante Jornada Continental em Montevideo

16/11/2017

“Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo”acontece de 16 a 18 de novembro e reunirá mais de 3 mil participantes das Américas e Caribe

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

A cidade de Montevideo vai se tornar, de 16 a 18 de novembro, um grande centro de discussões contra o neoliberalismo e em defesa da democracia, da soberania e da integração entre os povos. A capital do Uruguai receberá nestes dias a “Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo”. O evento deve reunir mais de 3 mil participantes vindos de vários países e regiões, entre trabalhadores, jovens, intelectuais, mulheres, ativistas, indígenas e sindicalistas para dar continuidade às discussões que vem sendo travadas sobre as formas de resistir aos ataques do neoliberalismo nas Américas e no Caribe. Entre as muitas lideranças, há a previsão das participações dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Pepe Mujica.

 

A Jornada será um momento de organização das lutas com o propósito de articular propostas políticas que possam agregar os diversos agentes sociais e as muitas práticas que ocorrem contra o neoliberalismo e a favor da democracia. Para os coordenadores da atividade, há o consenso entre os vários países participantes que a região sofre mais uma forte ofensiva neoliberal com a finalidade de reverter os direitos sociais e democráticos e a própria soberania das Nações. São conquistas ocasionadas por conta das políticas implementadas pelos vários governos progressistas que chegaram ao poder nesta última década e meia. Vários golpes de estado foram realizados na região com a finalidade de destruir direitos e conquistas, como o que tirou do poder a presidenta reeleita do Brasil, Dilma Rousseff.

 

A CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social está entre as entidades filiadas à CUT – Central Única dos Trabalhadores que participará da Jornada. Estarão representando os trabalhadores da Seguridade Social – das áreas da Saúde, Previdência e Assistência Social dos setores público e privado – o presidente da Confederação, Sandro Alex de Oliveira Cezar, e o diretor Executivo, Benedito Augusto de Oliveira. A Confederação atendeu ao chamamento da Central que protagonizou, em julho deste ano, em parceria com a “Marcha Mundial da Mulheres”, um encontro envolvendo suas entidades filiadas e setores do movimento social que compõem as frentes “Brasil Popular” e “Povo Sem Medo” para discutir a participação e as contribuições a serem levadas à Jornada Continental.

 

À época, os participantes do encontro cutista definiram eixos que apresentavam os objetivos da organização brasileira, são eles: construir e ampliar a convergência dos movimentos sociais que lutam contra o neoliberalismo no Brasil, em sintonia com uma agenda unitária de lutas em nosso Continente; aprofundar o debate, a formação e a apropriação  da militância quanto ao caráter internacional dos ataques neoliberais aos direitos, à democracia e à soberanias das Nações; construir iniciativas locais de mobilização que deem visibilidade aos eixos da Jornada e ao caráter internacional da luta; construir a participação brasileira na Jornada; sistematizar propostas de iniciativas e debates a serem aprofundados na Jornada.

 

A CNTSS/CUT aproveitará a oportunidade para divulgar um material impresso em que é feita a denúncia dos ataques sistemáticos que a democracia, os direitos sociais e trabalhistas, a classe trabalhadora e a sociedade vem sofrendo desde a preparação e a consumação do golpe que culminou com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O documento tem como título “CNTSS/CUT denuncia: desmonte do Estado proposto por Michel Temer destrói direitos e coloca em risco políticas de Seguridade Social”. Nele estão contidos um breve relato das principais medidas ultraconservadores e neoliberais impostas pelo governo do ilegítimo Michel Temer.

 

O documento levado a Montevideo descreve brevemente o processo do golpe e alguns dos seus desdobramentos, como: Emenda Constitucional 95, Política de Terceirização, Contrarreformas Trabalhista e da Previdência e, consequentemente, os ataques às políticas de Seguridade Social. São medidas duríssimas que destroem o Estado de Direito e consolida o Estado Mínimo, com suas propostas excludentes e centrado em diretrizes privatizantes e de cunho financista. Esta mesma postura de denunciar o golpe dado em nosso país foi tomada quando da participação de lideranças da CNTSS/CUT no 30º Congresso Mundial da ISP – Internacional dos Serviços Públicos, que aconteceu de 31 de outubro a 03 de novembro, em Genebra (Suíça). Naquela ocasião, o presidente da Confederação fez uso da palavra e denunciou o golpe dado por Michel Temer.

 

O Brasil está entre os países da região vítima dos ataques neoliberais de forma dramática e sistemática. É por conta de situações como estas que o Jornada está sendo realizada. A proposta é somar forças para continuar o processo de resistência contra os ataques do capital e que possam auxiliar na construção de uma sociedade pautada na inclusão, na justiça social, na igualdade e na autodeterminação das pessoas. Nestes próximos três dias de Jornada, os milhares de participantes estarão trocando experiências sobre as realidades de seus países e as estratégias que o capital tem assumido para tentar subjugar estas Nações e seus povos. 

 

A Jornada acontece cerca de uma década depois que os movimentos organizados da região conquistaram a vitória de derrotar a ALCA – Área de Livre Comércio das Américas quando, durante a Quarta Reunião de Cúpula das Américas, realizada na Argentina em 2005, foi dado um basta à proposta. O Brasil foi um dos países que disseram não a esta iniciativa neoliberal que tendia a penalizar ainda mais os países da América Latina e Caribe.  A proposta apresentada pelos EUA de criação de uma área de livre comércio envolvendo 34 países das Américas tendia a beneficiar exclusivamente a indústria norte-americana em detrimento das industrias locais e dos empregos.

 

Atualmente, a América Latina e Caribe estão sofrendo forte ataques com vistas a provocar retrocessos na nos movimentos sociais e progressistas e de integração dos países da região e suas instituições, como Alba, Unasul, Celac, Mercosul. Uma ação que teve com reação imediata o crescimento dos movimentos de resistência dos trabalhadores contra a globalização neoliberal.

 

Clique aqui e veja a íntegra do material de denúncia:

 

 

 

Proposta de Programação da Jornada:

 

Dia 1

 

 Quinta-feira 16 de novembro | "CONTINUAMOS NA LUTA"

 

Das 09.00 às 10.00

Mobilização e marcha da Universidade da República para o Obelisco.

De 10.00 a 11.30

Ato de encerramento da mobilização:

Lula Da Silva - Ex-Presidente da República, Brasil. 

Francisca Rodríguez - "Pancha" Anamuri / Vía Campesina. Chile

Marcelo Abdala PIT-CNT Uruguai

Das 2:00 da manhã às 2:30 p.m.

Introdução e bem-vindo:

Fernando Pereira -PIT-CNT- 

Nalu Faria -MMM

De 14.30 a 16.30

Início do Painel "Ainda estamos em luta: Povos em movimento"

Painéis:

Ana Julia - Movimento Secundário Jovem - Brasil

Maria Alejandra Díaz - Assembleia Nacional Constituinte (ANC) - Venezuela

Gonzalo Armúa - Movimentos ALBA

Karin Nansen - Amigos da Terra

Moderador: Nalu Faria - MMM - e Fernando Pereira - PIT-CNT

De 16.30 a 18.30

Painel "Continuamos em luta: desafios diante da onda conservadora e ataques à democracia".

Painéis:

Pepe Mujica - Senador da República, Ex-Presidente, Uruguai.

Georgina Alfonso - Capítulo cubano de MMM e Alba Movimientos.

Cindy Wiesner - Grassroots Global Justice e World March of Women, EUA

Moderador: Víctor Báez - CSA - e Marianna Dias - UNE

De 6.30 a 7.30

Intercâmbio de espaço para os jovens em luta

20:00 e mais tarde 

Atividade cultural

 

 

Dia 2 

 

Sexta-feira, 17 de novembro | RESISTÊNCIAS E LUTÕES DOS POVOS

 

De 09.00 a 09.30

Batucada Feminista da Marcha Mundial das Mulheres.

De 10.00 a 12.30

Oficinas temáticas: 

1. Livre comércio dos ataques do capital contra a vida

Juan Diego Gómez - Federação Sindical Internacional (ISP), Colômbia

Cecilia Olivet -Trasnational Institute (TNI), Países Baixos

Ben Beachy - Sierra Club, EUA

Faustino Covarrubias - Centro de Pesquisa da Economia Mundial, Capítulo cubano

Alba Movements

Moderador: Cintia Abreu - Jubileu Sul, Brasil e José "Pepe" Olvera - UNT - México

2. Resistência popular ao poder das transnacionais

Tchenna Maso - MAB Brasil, CLOC - Via Campesina

Marino Vani - Federação Sindical Internacional - IndustriAll

Gustavo Castro - Outros mundos - Chiapas-ATALC

Rosalina Tuyuc - CLOC - Via Campesina, Guatemala

Moderador: Amanda Villatoro - CSA- e Gonzalo Berrón -TNI - Campanha contra o Poder das Empresas

3. Democracia e soberania

Mario Zavala - Mãe Terra, ATALC, Honduras

Beatriz Cerqueira - CUT Brasil

Telesur (a confirmar)

Nora Cortiñas - Mães da Plaza de Mayo (Fundação) - Argentina

Moderador: Beverly Keene, Diálogo 2000-Jubileu Sul / Américas e João Felício - CSI

4. Integração dos Povos

Fernando Gambera - PIT - CNT, Uruguai

Mario Molina - OSPAAAL, Capítulo Cubano dos Movimentos ALBA

Dr. Rosinha - Ex-Alta Representante do Mercosul, Brasil

David Choquehuanca - Secretário Executivo da ALBA (a confirmar)

Llanisca Lugo - Conferência continental para a democracia e contra o neoliberalismo

Moderador: Alejandra Laprea, feminista Spider-MMM, Venezuela - Ricardo Peidro CTA A, Argentina

Das 2:00 da manhã às 6:00 p.m.

Painéis sobre nossas lutas:

1- Comércio Livre:

José Diógenes Orjuela - CUT, Colômbia 
Ticiana Studart - MMM, Brasil 
Viviana Barreto - NETS, ATALC, Uruguai 
Daniel Gaio - Fórum Alternativo Mundial da Água (FAME) 
Para ser confirmada - Resistência contra a OMC 
Moderador: Brian Finnegan - AFL-CIO, EUA. UU e Rosa Guillen - MMM, Peru

2- Transnacional

Pablo Fajardo - Afetado pela Chevron - Texaco, Equador

Silvia Quiroa - CESTA, ATALC, El Salvador

Marcio Monzane - Federação Sindical Internacional - UNI-Américas

Laura Zúniga Cáceres - COPINH, Honduras

Moderador: Marina Lehman - MMM, Brasil e Roberto Baradel - CTA T Argentina

Plano de ação e declaração final.

Conduzir o plenário: Rafael Freire - CSA e Llanisca Lugo - CMMLK, Capítulo Cubano dos Movimentos ALBA

3. Democracia e soberania:

Jacobo Torres - CSBT-ANC, Venezuela

Carmen Forum - Popular Brazil Front

Paulo Mariante - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transsexuais e Intersex (ABGLT)

Dayan González - OCLAE, FEU, Capítulo Cubano ALBA Movimientos

Moderador: Gabriel Mazzarovich - PIT-CNT e Antonio Lisboa - CUT Brasil

4. Integração dos Povos

Valeria Espanha - Centro para a Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (CDH), Uruguai

María Amalia del Pilar - CUT, Chile

Faustino Torres - ATC Nicarágua / CLOC - Via Campesina

Movimentos ALBA

Moderador: FEUU Uruguai e Rosário Rodríguez - CTC, Capítulo Cubano dos Movimentos ALBA

18.30

Fidel, eterno companheiro de lutas. Homenagem a um ano de sua partida.

 

Dia 3 

 

Sábado 18 de novembro | Plenária de convergência

 

NEM UM PASSO ATRÁS!

NOSSAS LUTAS E ACÇÕES COMUNS PARA A DEMOCRACIA E CONTRA O NEOLIBERALISMO

Plano de ação e declaração final. 

 

Eles lideram o plenário:

Rafael Freire - CSA e Llanisca Lugo - CMMLK,

Capítulo Cubano Movimentos ALBA

 

 

 

 

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

 

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