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Reforma Trabalhista, Saúde e Organização no Local de Trabalho foram temas de seminário realizado pela CUT

28/11/2018

CNTSS/CUT esteve entre as entidades cutistas que participaram do seminário realizado em São Paulo com apoio da FES – Friedrich Ebert Stiftung

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

Durante dois dias, 21 e 22 de novembro, em São Paulo, as secretarias de Saúde do Trabalhador, Relações do Trabalho e Organização Sindical da CUT – Central Única dos Trabalhadores reuniu lideranças vindas de vários estados em seminário para discutir “A Reforma Trabalhista, Saúde e Organização no Local de Trabalho (OLT): desafios e estratégia sindical da Central”. Um grupo formado por dirigentes de Sindicatos, Federações e Confederações cutistas pôde dialogar com técnicos e pesquisadores sobre o primeiro ano da Contrarreforma e pensar alternativas de lutas.

 

Além do foco nos reflexos da Reforma e os impactos na saúde dos trabalhadores, a pauta abordou experiências de OLT e possíveis estratégias de fortalecimento destas iniciativas, discutiu a organização sindical de outros países e debateu sobre estratégias de promoção da saúde do trabalhador. Também fez parte da programação a apresentação do resultado de pesquisa feita por técnicos do DIEESE – Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos sobre os impactos no primeiro semestre deste ano das negociações coletivas pós Reforma da Previdência.

 

O seminário é resultado de uma parceria entre a Central e a FES – Friedrich Ebert Stiftung. A CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social esteve representada no seminário por sua tesoureira, Célia Regina Costa (SP), a secretária de Saúde do Trabalhador e secretária-geral adjunta da CUT Nacional, Maria Aparecida Faria (SP), a secretária de Formação, Miriam Oliveira de Andrade (PA), e o dirigente da Direção Nacional, Adão Pereira Alvez (DF).

 

A vice-presidenta da CUT Nacional, Carmem Foro, esteve presente em todo o Seminário e participou da abertura do evento, que aconteceu na tarde da quarta-feira, 21 de novembro. Madalena Margarida da Silva, secretária de Saúde do Trabalhador, Ari Aloraldo do Nascimento, secretário de Organização Sindical, e Graça Costa, secretária de Relações do Trabalho, também formaram a mesa que deu início aos trabalhos.

 

Em sua fala inicial, a vice-presidenta da CUT sintetizou a expectativa de todos os participantes do evento sobre a necessidade da reorganização do movimento sindical dentro da nova realidade imposta ao trabalhador e suas entidades representativas por conta da Contrarreforma Trabalhista. “A Reforma deixa um rastro de precarização. Querem desorganizar o que construímos até agora, mas já nos reconstruímos várias vezes e não será agora que deixaremos de lutar”, destaca Foro.

 

A primeira mesa de exposições abordou o tema “O mundo do trabalho, a Reforma Trabalhista e suas repercussões na saúde e na vida dos trabalhadores”. O assunto foi desenvolvido pelo técnico do DIEESE de Minas Gerais, Frederico Melo, e por Maria Maeno, médica e pesquisadora da FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (veja vídeos abaixo).

 

Clique sobre a imagem e veja a fala de Antônio Lisboa

 

O segundo dia de programação foi iniciado com as saudações aos participantes feitas por Antônio Lisboa, secretário de Relações Internacionais da CUT Nacional, e por Katharina Hofmann de Moura, da FES. Lisboa fez um agradecimento à FES. Lembrou que esta cooperação com o sindicalismo alemão vem desde o início da CUT. Para ele, agora com este novo governo, vamos passar a ter ainda mais necessidade da cooperação e apoio destas entidades internacionais para poder fazer a resistência.

 

Antônio Lisboa vê que é preciso debater em todos os fóruns como serão organizadas as lutas pela resistência e por democracia. Outro ponto de discussão tem a ver com as novas formas de organização sindical em decorrência das novas formas da produção capitalista, assunto que, inclusive, foi tema no segundo dia do seminário. Ao discutir a questão da OLT é preciso entender os novos locais de trabalho, que hoje são múltiplos.

 

“Para mim, a questão da Organização no Local de Trabalho é o principal desafio. Mas além deste, precisamos saber onde é este local de trabalho. Como iremos incorporar estes trabalhadores que não irão na fábrica ou nas escolas, por exemplo. É este desafio que precisamos incorporar. Nós precisamos ter consciência que o modelo de organização sindical que ainda estamos trabalhando, lá da revolução industrial, este modelo nós precisamos enfrentar. Se não enfrentarmos cada vez mais nós vamos representar um número menor de trabalhadores,” afirma Lisboa.

 

Clique sobre a imagem e veja a fala de Katharina Moura

 

Katharina Moura, da FES, também destaca esta longa parceria com a CUT. Cita que a Fundação possui muitos parceiros na América Latina, mas o Brasil sempre se destacou na região. O país foi um exemplo de como mudar o mundo de trabalho, nos momentos de Lula e Dilma. Hoje, segundo ela, o país enfrenta um retrocesso que nunca pensou que fosse acontecer. Mencionou que sempre teve uma impressão deste país como um exemplo genial e que espera que os trabalhadores não percam este ideal de progresso e de uma política progressista. Avalia que será possível voltar a este ponto um dia tanto na Europa quanto no Brasil. Para isto, é preciso mais cooperação do que nunca, mais solidariedade do que nunca.

 

“Eu quero comentar que vamos lutar nos dois campos: defender direitos e falar sobre o futuro do trabalho. Eu acho que é problemático se nos fecharmos com medo e só fazermos a resistência. Mas temos que seguir passo a passo enfrentando o futuro. A reorganização da produção e todas as transformações no mundo digital provocam muitas questões. Vamos discutir agora como enfrentar o aumento da divisão social e a desigualdade que vem com a digitalização. Como vamos garantir a produção social e a inclusão e a regulação do trabalho neste novo contexto? Como vamos seguir organizando e protegendo os direitos dos trabalhadores e como o sindicalismo pode se aproveitar das redes sociais para se conectar com sua base social?,” menciona a representante da FES.

 

Dando prosseguimento, foi realizada a mesa temática sobre “Experiências e desafios para a organização e representação sindical no local de trabalho”. Este assunto foi trabalhado pelo professor dr. Manfred Wannöffel, da Universidade de Bochum-Ruhrm, e pela professora dra. Marilane Teixeira, pesquisador do CESIP/UNICAMP – Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas. Logo em seguida foi apresentada a pesquisa “Acompanhamento das Negociações Coletiva pós Reforma Trabalhista – Relatório dos impactos no primeiro semestre de 2018”, produzida pelos técnicos do DIEESE.

 

Mesa “O mundo do trabalho, a Reforma Trabalhista e suas repercussões na saúde e na vida dos trabalhadores”

 

Clique sobre a imagem e veja a exposição de Frederico Melo - técnico do DIEESE de Minas Gerais

 

 

Clique sobre a imagem e veja a exposição de Maria Maeno - médica e pesquisadora da FUNDACENTRO

 

 

Mesa “Experiências e desafios para a organização e representação sindical no local de trabalho”

 

Clique sobre a imagem e veja a exposição de Marilane Teixeira - professora dra. do CESIP/UNICAMP

 

 

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

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