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Cerca de 45 milhões de trabalhadores aderem à greve geral para dizer que não aceitam Reforma da Previdência e querem mais investimentos e emprego

14/06/2019

Lideranças e trabalhadores da Seguridade Social se uniram às demais categorias e saíram às ruas para dizer não às medidas recessivas de Bolsonaro e defender a aposentadoria e a Previdência Social

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

 

A greve geral nacional marcada para esta sexta-feira, 24 de junho, se espalhou como um rastilho de pólvora por todo o país e levou às ruas trabalhadores e trabalhadoras para lutar por seus direitos. Paralisações, atos, manifestações, passeatas, bloqueios em estradas e importantes vias de acesso aos centros urbanos foram algumas das formas utilizadas durante todo o dia pelos trabalhadores para marcar este importante dia de lutas convocado pela CUT – Central Única dos Trabalhadores, demais Centrais Sindicais e movimentos sociais. Estimativa incial das Centrais é que 45 milhões de trabalhadores aderiram à greve. A CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social levou para as ruas nos vários estados suas lideranças e trabalhadores de sua base para se somar as tantas outras categorias que aderiram ao movimento.

 

O dia amanheceu grevista. Muitas as imagens divulgadas pelos veículos de comunicação e nas redes sociais demonstravam a perseverança da classe trabalhadora em lutar por seus direitos. Nem mesmo o jornal do horário de almoço da Rede Globo pôde se esquivar desta realidade e já na chamada de suas matérias foi obrigado a assumir que teve mobilização em todos os Estados e no Distrito Federal. Ou seja, em todas as unidades da Federação as ruas e os demais espaços foram ocupados por temas levados pelas Centrais Sindicais para esta greve geral. Combate à proposta da Reforma da Previdência, mais empregos, mais recursos para Educação, saúde e demais áreas sociais, crescimento econômico, soberania nacional e tantas outras bandeiras voltadas a garantir os direitos da classe trabalhadora e de toda a sociedade foram discutidas nesta importante greve geral.

 

 

Em entrevista concedida ao site da CUT no início do dia, o presidente da Central, Vagner Freitas, fez uma avaliação das primeiras horas e observou que os trabalhadores entenderam o motivo da greve e por isto houve grande participação. “É para ficar claro que o trabalhador não quer deixar de ter o direito de se aposentar e é um recado forte ao governo, de que tem que ter política de crescimento,” afirmou. No inicio da tarde, reiterou sua análise: “Esta greve está sendo exitosa, apesar das práticas antissindicais de patrões e Tribunais, mesmo com a repressão policial em vários estados. Foi maior do que a greve de 2017 contra a reforma de Michel Temer.”

 

Os trabalhadores da Seguridade Social, que envolve as áreas da Saúde, Previdência e Assistência Social, aderiram ao chamado das Centrais. Os Sindicatos e Federações filiados à CNTSS/CUT fizeram todo um trabalho prévio com os trabalhadores para discutir a pauta da greve geral. Estratégias como encontro nos locais de trabalho, seminários, conversas, panfletagens, assembléias foram utilizadas para garantir a adesão dos trabalhadores ao movimento grevista. As áreas da Seguridade Social estão sendo vítimas preferenciais das medidas restritivas e recessivas impostas desde o governo golpista de Temer e agora ampliadas pela gestão de extrema-direita de Bolsonaro.

 

 

O presidente da CNTSS/CUT, Sandro Alex de Oliveira Cezar, já havia se manifestado sobre a importância desta greve que acontece em um momento em que os trabalhadores estão sofrendo fortes ataques do governo Bolsonaro, tanto no âmbito de seus direitos como também na suas formas de organização sindical. Em entrevista recente manifestou que “a greve geral é uma resposta não só contra a Reforma da Previdência, mas a toda esta política desastrosa do governo Bolsonaro que está arrastando o país para uma crise política e econômica sem precedentes. Bolsonaro e Guedes querem acabar com a aposentadoria pública e trazer a capitalização. Mas vai além ao trazer no seu bojo todo o desmonte das políticas da Previdência Social. Não podemos permitir isto. Vamos também lutar por mais recursos para as áreas sociais, saúde, educação, entre outras. Queremos uma política que traga empregos e faça o país crescer e sair da crise’, destacou.

 

Motivados a resistir contra as propostas de desmonte da aposentadoria e de todas as demais políticas de Previdência Social, além dos cortes de recursos e investimentos em diversas áreas do governo, e para cobrar a falta de uma política de emprego, os trabalhadores da seguridade social se prepararam para atuar diretamente em seus postos de trabalho com a finalidade de garantir a paralisação nestes espaços daqueles trabalhadores que ainda estavam em dúvida. Desta forma, Agências da Previdência Social, pontos de trabalho e de atendimento na área de saúde e equipamentos de assistência social foram espaços priorizados para atuação de convencimento dos demais trabalhadores. O resultado é que muitos deles aderiram à greve paralisando suas atividades e o atendimento.

 

 

Outra estratégia foi a de agregar na agenda de mobilizações os atos programados pelas centrais sindicais de ocupação das ruas para divulgar os motivos que levaram a greve e para dialogar com a sociedade sobre a necessidade de resistir contra as propostas do governo que querem acabar com a aposentadoria, os direitos trabalhistas e que vêm eliminando postos de trabalho. Assim, durante o período que precedeu a greve, as lideranças da CNTSS/CUT e de suas entidades filiadas participaram ativamente da organização destas agendas nos Estados em conjunto com as centrais sindicais.

 

Durante todo o dia de hoje foi possível levar também as denúncias contra o desmonte da Seguridade Social para as ruas do país. O governo federal e o Congresso Nacional devem escutar o ruído das ruas e se preparar para debater com o trabalhador que não aceita a proposta de Reforma da Previdência encaminhada por Bolsonaro e nem a que foi apresentada a partir do relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB/MG), que ainda deixou no texto a obrigatoriedade de 65 anos para homens e 62 para mulheres, o cálculo que reduz o valor do benefício e 40 anos de contribuição para ter direito a aposentadoria. A CUT não aceita esta proposta e vai lutar contra. A mesma opinião é compartilhada pela CNTSS/CUT, que tem levado este debate permanentemente para suas bases e vem tentado dialogar com a sociedade.

 

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

 

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