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Dirigente do Sindsaúde MG denuncia que situação no combate à Covid-19 é mais grave do que menciona o governo estadual

25/05/2020

Neusa Freitas fala sobre precarização do sistema de saúde no Estado, da subnotificação do quadro de contaminação e óbitos por Covid-19 e da fatal de equipamentos de proteção individual

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

Em entrevista concedida ao site de notícias Agência Servidores na sexta-feira, 22 de maio, a diretora Executiva do Sindsaúde MG – Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Minas Gerais, entidade filiada à CNTSS/CUT - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, Neusa de Freitas, contrapõe opinião manifestada pelo governo sobre o controle da pandemia do coronavirus em todo o Estado e denuncia a falta de estrutura na rede pública de saúde e as más condições de trabalho para os servidores que atuam diariamente sem EPIs- Equipamentos de Proteção Individual em quantidade e qualidade adequadas.

 

A dirigente contestou a propaganda do governo mineiro de que o estado viva uma situação tranqüila no combate ao Covid-19. Para ela, a ação mais contundente tem sido realizada pelo prefeito da Capital, Belo Horizonte, para garantir maior isolamento social, o que fez com que município tenha uma situação melhor e bem diferenciada das demais cidades do Estado. Muitos municípios retornaram as suas atividades e foi muito grande o volume de pessoas nas ruas descumprindo as orientações das autoridade sanitárias. Belo Horizonte está conseguindo manter o isolamento, inclusive com apoio da população, e tem resultados melhores que o restante do estado.

Clique aqui e veja a íntegra da entrevista:

 

“Eu estranho colocar esta situação confortável para toda Minas Gerais. Nós estamos o tempo inteiro junto aos trabalhadores nas mídias, inclusive, denunciando a subnotificação do governo do estado nos casos de coronavirus (Covid-19). Uma das denúncias mais graves que estamos fazendo é que no principal Hospital de combate ao vírus, que é o Hospital Eduardo de Menezes, os trabalhadores estão dizendo que em plena pandemia os óbitos estão sendo registrados como síndrome respiratória. Nós sabemos que o mês de maio não é pico para casos de crise respiratória,” afirma.

 

A liderançal menciona que tem sido grande a insistência do Sindicato para ter os dados dos casos de contaminação e óbitos dos trabalhadores e não obtem o retorno do governo do Estado. A falta de informações neste sentido é comum a toda a estrutura hospitalar estadual. Outra dura realidade informada pela dirigente diz respeito a falta de testes e equipamentos de proteção individual. Os trabalhadores não estão sendo testados para saber se estão contaminados. A dirigente comenta achar estranho o governo dizer que Minas Gerais está em situação confortável se os trabalhadores praticamente estão todos os dias nas ruas, mesmo com a pandemia, fazendo a denúncia para a população.

 

“O Sindicato está indo para as ruas fazer paralisação com os trabalhadores porque estão colocando em xeque o que vem sendo divulgado. O governo Zema não dialoga com ninguém. Inclusive no Comitê de combate ao coronavírus do governo não tem trabalhador da saúde, tem da polícia militar, bombeiro e defesa civil, que nós respeitamos muito, mas vamos discutir saúde com que entende de saúde. Ele monta um Comitê que não tem trabalhador da saúde,” denuncia Freitas.

 

Neusa Freitas aponta que a pandemia demonstrou que o país e Minas Gerais não estavam preparados para o combate ao vírus. Menciona que nestes últimos anos houve um sucateamento dos serviços públicos e precarização das condições de trabalho dos servidores. Não houve investimentos no SUS – Sistema Único de Saúde e nos servidores. Lembrou que estes mesmo servidores que hoje estão na linha de frente no combate ao coronavírus foram chamados pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, de parasitas. Em Minas Gerais as estruturas de saúde estão sendo sucateadas e há uma defasagem grande no número de trabalhadores.

 

A entrevistada reafirma que o governo Zema não investiu nas condições estruturais de seus Hospitais e da rede pública de saúde. A situação real da saúde de Minas Gerais é bem diferente do que o governo tem dito na imprensa. “Neste momento de pandemia são exatamente estes mesmos trabalhadores que, mesmo sem nenhuma valorização, estão na linha de frente. São estes trabalhadores que estão juntos com o sindicato pedindo socorro à sociedade. Nós somos cuidadores, mas queremos ser cuidados. Nós ajude a cuidar de vocês,” desabafa a dirigente.

 

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

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