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Trabalhadores do Hospital São Matheus recebem apoio do Sindsaúde SP e CNTSS/CUT em ato contra a municipalização da unidade

03/06/2020

Célia Regina Costa, dirigente da CNTSS/CUT e Sindsaúde SP, reiterou o compromisso das entidades para que estes trabalhadores e do Hospital Guainazes não sejam transferidos para outras unidades

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

 

Servidores estaduais da saúde do Hospital Geral de São Matheus, na zona Leste de São Paulo, realizaram, na manhã da terça-feira, 02 de junho, ato para se pronunciarem contra a proposta do governo estadual de transferência do quadro de trabalhadores em virtude da possível municipalização da unidade. O ato foi acompanhado pela tesoureira da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social e secretária-Geral do Sindsaúde SP - Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo, Célia Regina Costa, que denunciou que o governo do Estado está aproveitando o período da pandemia para entregar os hospitais da rede estadual para gerenciamento dos municípios e Organizações Sociais.

 

Com o grito de “Eu Fico”, lema assumido por todos na manifestação, os trabalhadores da unidade hospitalar puderam manifestar sua contrariedade às medidas que vêm sendo tomadas pelo governo Dória sem que haja qualquer diálogo com os trabalhadores e suas entidades representativas. Os trabalhadores aproveitaram a oportunidade para apresentar para a comunidade a indicação do governo de transformar a Unidade em um Hospital de Campanha contra o Covid-19. Para eles, é um absurdo utilizar uma unidade consolidada em várias áreas de tratamento com esta finalidade e transferir seus profissionais. Há um trabalho consolidado em saúde para toda a região e quando a pandemia passar corre-se o risco de que o espaço se torne uma unidade fantasma.

 

Para se ter uma ideia da excelência do trabalho destes profissionais, basta ver que, além de toda a área clínica que atendem, puderam realizar um intenso atendimento de casos de Covid-19. Em números gerais, nestes três meses, forma cerca de 300 atendimentos de casos confirmados da doença. Destes, 200 pacientes permaneceram internados na unidade. Do total, 180 receberam alta hospitalar. A unidade também sofreu perdas de profissionais neste período. Dois médicos foram a óbito recentemente. A unidade também foi surpreendida, nesta terça-feira, pelo falecimento da enfermeira Hortência dos Santos, que foi homenageada pelos colegas de trabalho com um minuto de silêncio.

 

Célia Regina Costa fez um informe aos trabalhadores que o sindicato tem participado da mesa de negociação com a Secretaria de Saúde, por videoconferência, e estão, neste momento, também discutindo o caso do Hospital Guaianazes, que vem passando por situação semelhante de transferência para o Santa Marcelina. Lá também está sendo feito um movimento de resistência para que os trabalhadores fiquem na unidade. No Guaianazes foi realizado um ato como o de agora pelo “Eu fico”. Situação semelhante aconteceu com o Complexo Hospitalar de Sorocaba, que teve sua administração assumida por uma Organização Social, mas os trabalhadores se mantiveram firmes para ficar na unidade.

 

Clique aqui e veja a íntegra do ato:

 

De acordo com o que foi informado pela coordenadora de recursos humanos da Secretaria de Saúde, Cida Novaes, desde o final do ano passado as secretarias de saúde do estado e município vêm discutindo a possibilidade de municipalização do Hospital São Mateus e de poder realizar uma integração geral na cidade de São Paulo. A secretaria do estado informou que este trâmite está sendo acelerado agora porque a região precisa de um hospital de campanha para combate ao Covid-19.

 

Porém, a representante do Sindsaúde SP questionou o fato por não haver nem na Câmara e nem na Assembleia Legislativa qualquer informação sobre este assunto. “Este debate não chegou à Câmara Municipal. Como vai municipalizar? Atrás da municipalização está a entrega às OSs. Entrega total dos hospitais para serem gerenciados por várias entidades. Os funcionários públicos estaduais e municipais são tratados como nada. Eles não respeitam os trabalhadores do Guaianazes nem os daqui. Este hospital poderia ser uma referência para tratamento de Covid-19 para os moradores da região. Não precisa municipalizar. Os profissionais não precisam ser tratados desta maneira,” desabafa Célia Costa.

 

A dirigente afirmou que o Sindicato manterá a luta para que os trabalhadores sejam respeitados. “Este tipo de ação que municipaliza o prédio e tira as pessoas como se fossem descartáveis e não fossem absolutamente nada, nós não podemos concordar. Por isto estamos aqui e discutindo com a secretaria estadual. Não vamos arredar o pé do Guaianazes nem daqui. Esta luta deve ser geral. Porque quando um sofre derrota, todos são derrotados. Temos que estar unidos e trazer o maior número de gente para nosso lado. Vocês estão de parabéns pela unidade, coerência no trabalho que realizam, pelos profissionais que vocês são. Não vamos arredar o pé daqui,” declara Célia Costa.

 

O sindicato fez uma proposta de encaminhamento para que fosse formada uma comissão de trabalhadores da unidade para participar de reunião com as secretarias de saúde do estado e município. Esta mesma indicação será feita com os trabalhadores do Hospital de Guaianazes. Nesta unidade eles já estão chamando os trabalhadores individualmente para escolher onde querem trabalhar. A proposta encaminhada pelo sindicato foi aceita por unanimidade pelos trabalhadores presentes no ato.

 

A manifestação dos profissionais do Hospital Geral de São Matheus foi acompanhada por uma equipe de jornalista da Alemanha, que estão no país para fazer uma série de reportagens sobre a situação do sistema de saúde brasileiro neste momento de combate ao Covid-19. Os dirigentes do Sindsaúde SP puderam apresentar a realidade do estado de São Paulo e as lutas que estão sendo feitas para que os servidores estaduais tenham garantidas as condições necessárias para o trabalho neste momento de pandemia do novo coronavírus.

 

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

 

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