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Em entrevista, tesoureira da CNTSS/CUT fala sobre denúncia enviada ao Tribunal Penal Internacional de Haia contra Bolsonaro por genocídio e crime contra a humanidade

28/07/2020

Célia Regina Costa esclarece à Agência Internacional de Notícias Sputinik Brasil os motivos que levaram a Rede Sindical Brasileira UniSaúde apresentar a queixa contra presidente

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

A denúncia contra o presidente Bolsonaro por genocídio e crime contra a humanidade protocolada no domingo, 26 de julho, no Tribunal Penal Internacional de Haia, foi tema de entrevista concedida pela tesoureira da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social e secretária-geral do Sindsaúde SP – Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo, Célia Regina Costa, à Agência Internacional de Notícias Sputinik Brasil, nesta segunda-feira, 27 de julho. Tanto a Confederação quanto o Sindicato assinaram a “representação criminal” idealizada pela Rede Sindical Brasileira UniSaúde e que foi entregue diretamente à procuradora-chefe do organismo internacional, sra. Fatou Bensouda.   

 

A Rede Sindical Brasileira UNISaúde representa cerca de 50 entidades nacionais e aproximadamente um milhão de profissionais do setor da saúde no país. A Rede é coordenada pela UNI Américas, um braço regional da federação internacional sindical UNI Global Union, representante de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços em 150 países. O documento também conta com a adesão da própria UNI Global Union, da Internacional dos Serviços Públicos (ISP), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e movimentos das áreas da saúde e sociais, como o dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

 

Durante a entrevista, a dirigente esclareceu que a iniciativa tomada pelos sindicatos e movimentos sociais reunidos na Rede UNISaúde teve como finalidade denunciar ao mundo as atrocidades que vêm acontecendo no Brasil desde o começo da pandemia. Mesmo com todos os alertas de organismos internacionais, como a OMS – Organização Mundial da Saúde, e de setores nacionais, Bolsonaro sempre menosprezou a gravidade da pandemia. Tratando-a, inclusive, como uma “gripezinha”, fez questão de desqualificar as medidas tomadas por outros países e até por estados e municípios brasilerios.

 

Clique aqui e ouça a entrevista:

 

“Hoje, temos o resultado de mais de 86 mil vidas perdidas e outras que se recuperam com sequelas. Desde o início, tomou a posição de que a economia tinha que se sobrepor sobre a vida. E na realidade nós entendemos que a vida se sobrepõe à economia. Para que possamos ter um país desenvolvido, todos precisamos ter saúde. E o governo federal tem a responsabilidade, conforme a Constituição, de manter a saúde do povo brasileiro,” destaca Célia Costa.

 

Indagada sobre o que a Rede espera com a denúncia, Célia Regina lembrou que esta não é a primeira denúncia contra Bolsonaro sobre este problema em organismos internacionais. A ideia, segundo a dirigente, é que o Tribunal Internacional tenha um olhar sobre a realidade brasileira e trate esta questão como deve ser, como um genocídio. “Um país que não olha para seu povo e que tem um sistema de saúde público e universal, o SUS, era essencial organizar os estados e municípios para que pudessem melhor atender a população, fazendo com que talvez a gente não tivesse perdido tantas vidas,” lamenta a dirigente.

 

Além de não atuar, por meio de seu Ministério da Saúde, no fortalecimento e organização da infraestrutura do SUS e das redes privadas para que a população fosse atendida com dignidade, a liderança sindical recorda que muitas outras posturas e medidas sempre foram consideradas negacionistas sobre a dura realidade que o país vive. Foi assim quando se apresentava sem máscara, quando furava o isolamento, quando realiza e incentivava atos coletivos em sua defesa e, para piorar, ao se apegar ao uso da cloroquina como forma de tratamento, uma medicação contraindicada por não surtir efeitos contra o Covid -19 e ter efeitos colaterais sérios capazes de levarem à morte os usuários.

 

“Tudo isto que foi incentivado por Bolsonaro induz a população a cometer erros. As pessoas não podem banalizar a vida. Como falei, são mais de 86 mil vidas perdidas. Nós estamos com muitas pessoas nos hospitais. Muita gente na fila de espera em unidades que não têm todo o suporte de UTI e que não ampliaram o número de leitos. Isto tudo é de responsabilidade de um presidente que há dois meses não tem um ministro da saúde que pudesse agregar as secretarias estaduais e municipais e ter uma conduta única em todo o território nacional. Tudo isto sem falar ainda da grave situação do genocídio dos índios,” acrescenta Célia Costa.

 

A dirigente esclarece que o documento protocolado procurou demonstrar toda esta realidade. Há também, segundo ela, uma outra grave consequência da crise, que é o fato de que milhares de trabalhadores da saúde se contaminaram com o vírus e há centenas de casos de óbitos entre estes profissionais. “São trabalhadores da saúde que faleceram por falta de equipamentos de proteção, por falta de orientação. É por tudo isto que estamos entrando com a denúncia no Tribunal Penal Internacional de Haia. Para denunciar o presidente Bolsonaro e toda a sua equipe que têm a responsabilidade da condução da saúde no nosso país, “ sentencia Célia Costa.

 

 

Signatários denúncia: Rede Sindical Brasileira UNISaúde (Brazilian Union Network UNISaúde)

 

• UNI Global Union

• Internacional dos Serviços Públicos (ISP)

• Central Única dos Trabalhadores (CUT)

• União Geral dos Trabalhadores (UGT)

• Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)

• Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social da CUT (CNTSS/CUT)

• Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS)

• Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF)

• Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE)

• Federação Nacional dos Farmacêuticos (FENAFAR)

• União Geral dos Trabalhadores do Distrito Federal (UGT-DF)

• Central Sindical e Popular Conlutas (CSP Conlutas) - Minas Gerais

• União Geral dos Trabalhadores do Estado de São Paulo (UGT-SP)

• Federação dos Trabalhadores em Hospitais e Serviços de Saúde do Estado do Paraná (FetraSaúde/PR)

• Federação dos Empregados em Serviços de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (FEESSERS)

• Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo

• Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Alagoas

• Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública do Estado do Amazonas

• Sindicato dos Enfermeiros da Bahia

• Sindicato dos Nutricionistas do Estado da Bahia

• Sindicato dos Enfermeiros de Goiás

• Sindicato dos Nutricionistas do Estado de Goiás

• Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate a Endemias do Oeste Goiano (SINDACS/ACE)

• Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social no Mato Grosso do Sul

• Sindicato da Saúde de Belo Horizonte e Região (SINDEESS) - Minas Gerais

• Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde Minas Gerais)

• Sindicato dos Servidores da SESPA/Belem, Pará

• Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Paraíba

• Sindicato da Saúde de Apucarana e Região - Paraná

• Sindicato da Saúde de Campo Mourão e Região - Paraná

• Sindicato da Saúde de Cornélio Procópio e Região - Paraná

• Sindicato da Saúde de Curitiba e Região (SINDESC) - Paraná

• Sindicato da Saúde de Francisco Beltrão e Região - Paraná

• Sindicato da Saúde de Irati e Região - Paraná

• Sindicato da Saúde de Pato Branco - Paraná

• Sindicato da Saúde de Toledo e Região - Paraná

• Sindicato dos Técnicos em Radiologia do Paraná (SINTERPAR)

• Servidores Municipais de Enfermagem de Curitiba (SISMEC)

• Sindicato dos Biomédicos do Estado de Pernambuco

• Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul

• Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro

• Sindicato da Saúde de Araçatuba e Região - São Paulo

• Sindicato da Saúde de Bauru e Região - São Paulo

• Sindicato da Saúde de Campinas e Região - São Paulo

• Sindicato da Saúde de Franca e Região - São Paulo

• Sindicato da Saúde de Jau e Região - São Paulo

• Sindicato da Saúde de Piracicaba e Região - São Paulo

• Sindicato da Saúde de Presidente Prudente e Região - São Paulo

• Sindicato da Saúde de Ribeirão Preto e Região - São Paulo

• Sindicato da Saúde de Rio Claro e Região - São Paulo

• Sindicato da Saúde de Santos e Região - São Paulo

• Sindicato da Saúde de São José do Rio Preto e Região - São Paulo

• Sindicato da Saúde de São José dos Campos e Região - São Paulo

• Sindsaúde ABC - São Paulo

• Sindsaúde Guarulhos e Região - São Paulo

• Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP)

• Sindicato dos Enfermeiros de São Paulo

• Sindicato dos Psicólogos no Estado de São Paulo (SINPSI)

• Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe (SEESE)

 

Outras Entidades

 

• Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

• Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas  (CONAQ)

• Frente Nacional em Defesa dos Territórios Seção Rio Grande do Sul (Frente Quilombola RS)

 

 

Clique aqui e veja a representação que foi protocolada no Tribunal:

 

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

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