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Uma só greve, uma só luta, um só comando #CNTSSCUT/FENASPS

Escrito po: Sandro Alex de Oliveira Cezar

24/08/2015

A unidade é necessária mais do que nunca, pois este quadro que se pinta agora é delicado

 

A nossa greve já é a maior de toda a história da nossa categoria. Estamos muito próximos de alcançarmos os nossos objetivos. Só o que pode nos derrotar são as picuinhas, o divisionismo e a estreiteza daqueles que querem confundir os trabalhadores trazendo neste momento tão delicado o que tem sido o nosso grande drama: frente à primeira dificuldade procuram um inimigo onde não tem, ou seja, do nosso lado, entre os próprios trabalhadores.


A partidarização do movimento de greve dos trabalhadores do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social é um desserviço. Tentar trazer para o nosso meio a disputa de partidos políticos neste momento delicado da greve é uma insanidade própria daqueles e daquelas que não têm compromisso com a categoria. Não assumir publicamente que são do PSOL – Partido Socialismo e Liberdade, do PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores é um erro, pois os partidos de fato são necessários à organização da sociedade, mas não devem pautar a decisão dos sindicatos ou das entidades nacionais. Quem deve definir o futuro da greve é a categoria.


A CNTSS/CUT - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social dirige uma boa parcela da categoria em greve em todo país. Direção esta que se dá através das nossas plenárias tomadas pela maioria dos delegados e delegadas eleitos pela categoria em seus fóruns de base e reuniões dos comandos estaduais de greve dos nossos sindicatos. Aqui ninguém toma decisão sozinho. As posições que expressamos durante a negociação são discutidas com a nossa categoria, por isso devem ser respeitadas.


A unidade é necessária mais do que nunca, pois este quadro que se pinta agora é delicado. Existem inegavelmente vários segmentos no movimento sindical, como sempre existiu, mas nunca se teve tanta desinformação disseminada - até mesmo pela inovação das redes sociais. A postura de jogar um trabalhador contra o outro só por pensar diferente acerca da estratégia da luta é um absurdo. Mas temos a coragem de, com muita humildade, tentar dialogar. Coloco-me totalmente aberto ao diálogo em busca de um bem comum, a vitória da categoria.


Não negociamos ou negociaremos sozinhos. Estamos sempre com os legítimos representantes da categoria, ou seja, os dirigentes eleitos em assembleias de greve e dos dirigentes dos sindicatos. É onde estamos. Não podemos tentar induzir a categoria ao erro com mentiras ou falsas verdades. Infelizmente, nesta greve, nunca tivemos um comando de greve nacional unitário. Fizemos todos os esforços de participarmos juntos das audiências, mesmo sendo acusados o tempo todo.

 

Quem faz o jogo do patrão, aquele que tem condução responsável ou aqueles que têm a toda hora, com uma criatividade canhestra, inventado novos pontos de pautas, que ninguém conhece e nem foi debatido em lugar nenhum?


Por último, quero esclarecer que não é verdade que não estamos nas manifestações nacionais da greve. Mais do que isso, estamos e estaremos sempre que as nossas plenárias de greve decidirem: nas caravanas, nas passeatas e demais atividades da greve. Mas não podemos é apenas seguir o que a FENASPS - Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social decide, pois só representa uma parcela da categoria.

 

Agora é hora de esquecer todas e quaisquer divergências existentes ou pré-existentes para com serenidade e muita humildade reconhecermos que só a nossa unidade poderá nos levar à vitória. Mas qualquer ataque de parte a parte não deve ser tolerado pela categoria. Nós, da CNTSS/CUT, estamos prontos para o grande desafio de somarmos forças com a FENASPS - que em meu caso sempre tive muito respeito e admiração, uma vez que foi lá que comecei a minha militância sindical -, pois só a vitória da categoria nos interessa.


Toda e qualquer decisão sobre os destinos da greve dos servidores do INSS será tomada nas assembleias. Nunca assinamos ou assinaremos qualquer acordo que não seja aprovado nas assembleias de greve dos nossos sindicatos.


Saudação a quem tem coragem de lutar e capacidade de entender as diferenças e superá-las em nome da luta dos trabalhadores.

 

 


Sandro Alex de Oliveira Cezar, ex-dirigente do SINDSPREVRJ, diretor por vários mandatos na FENASPS e atual presidente da CNTSS/CUT

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