Servidores do Ministério da Saúde e INSS estudam possibilidade de paralisação

Em assembleia geral realizada nesta quarta-feira (4), no auditório do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde em Goiás (NEMS-GO), os servidores das bases da saúde e previdência analisaram a possibilidade de paralisação das categorias no próximo dia 18. A atividade, coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência do Estado de Goiás e Tocantins (SINTFESP-GO/TO), contou com a participação de cerca de 70 servidores.

 Na ocasião, a diretora de assuntos jurídicos da entidade, Terezinha de Jesus Aguiar, deixou claro o posicionamento do sindicato sobre a devolução dos servidores aos locais de origem, determinada pelas Organizações Sociais de forma arbitrária, uma vez que os trabalhadores foram cedidos com protocolos legais. “Depois de 20 anos de trabalho, os companheiros estão sendo expulsos de seus locais de trabalho. Essa devolução precisa ser legalizada e justificada. Somos seres humanos, merecemos respeito e temos o direito de escolher onde atuaremos. Não queremos confronto, mas precisamos manter nossa postura de resistência”, ressalta.

Neste sentido, o SINTFESP-GO/TO se comprometeu a elaborar um documento de orientação aos servidores e promover reuniões específicas nos hospitais já privatizados para checar as condições de trabalho dos estabelecimentos. Além disso, uma carta com o tema “quero trabalhar, mas o governo não deixa” será produzida para embasar a luta dos servidores e mostrar à toda sociedade as dificuldades que vêm sendo enfrentadas pelos trabalhadores.

Reunião em Brasília

Durante plenária da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), realizada dia (3), em Brasília, a devolução da proposta das tabelas salariais do Ministério da Saúde, assinada pelo ministro Alexandre Padilha, pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão foi uma das notícias que preocupou a categoria. Para Terezinha, essa devolução é vista como ponto negativo nas negociações, já que o governo tem somente até o dia 30 de julho para integrar a proposta à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Caso contrário, a negociação só será restabelecida em 2014.
 

Desta forma, ficou acordado que a CNTSS desenvolverá um movimento conjunto com a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF) e a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS) para fortalecer e unificar a luta. Além disso, ficou estabelecido que no próximo dia 18, um grande ato nacional será realizado na capital brasileira.

 Paralisação
Diante da conjuntura atual, os servidores manifestaram preocupação com o imobilismo do governo, principalmente com os servidores da saúde, que há 10 anos aguardam uma negociação decisiva e, até o momento, só contam com respostas pontuais. Neste sentido, ficou acordado que o SINTFESP-GO/TO estará presente em reunião do Ministério da Saúde com os servidores, que discutirá a utilização do ponto eletrônico, amanhã (5), às 14 horas, no auditório do NEMS-GO.

 Além disso, a entidade irá conversar individualmente com os responsáveis pelos setores de Convênio e Auditoria do MS para estudar possibilidades de paralisação dos serviços. No INSS, três possibilidades já estão sendo analisadas: greve geral, cumprimento de apenas 30% da carga horária ou, ainda, cumprimento de 30% da produtividade na carga horária total. Uma possibilidade de paralisação pontual das duas categorias, no dia 18, é uma das propostas prioritárias dos servidores. Um posicionamento oficial da entidade será estabelecido até o dia 16.