Atividades do Dia da Mulher contam com expressiva participação do Ramo da Seguridade Social

O fim de semana na capital paulistana foi de importantes manifestações em prol das mulheres. A agenda teve início na manhã do domingo, 08, quando foi realizada a Marcha em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. A caminhada, que reuniu cerca de 8 mil mulheres, teve início na Avenida Paulista e se estendeu até a Praça Roosevelt. A manifestação teve como temas centrais liberdade, igualdade e autonomia, bandeiras semelhantes a que serão tratadas também no próximo dia 13, quando a CUT e os movimentos sociais realizam ato em defesa da Petrobras, da Democracia, dos direitos dos trabalhadores e pela Reforma Política.

O dia de lutas prosseguiu com a realização do 8º Encontro Estadual de Mulheres Trabalhadoras da CUT São Paulo. A abertura oficial da atividade, que foi agendada para a tarde do domingo, aconteceu na quadra dos Bancários, também na Capital, e reuniu cerca de 200 mulheres representes das mais diversas categorias profissionais. “Em defesa e fortalecimento da democracia - Igualdade, autonomia e liberdade para as mulheres” foi o slogan escolhido pela CUT São Paulo para os debates do encontro que se estendeu até a segunda-feira, 09 de março.

Nos dois eventos houve uma grande participação de sindicatos filiados à CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social. As mulheres da Confederação representaram as trabalhadoras e trabalhadores do setor público e privado das áreas da saúde, previdência e assistência social. A direção da Confederação foi representada por sua secretária de Mulheres, Maria Aparecida Faria, e sua secretária Geral, Célia Regina Costa.

O primeiro dia do encontro contou com análises de conjuntura estadual e nacional feitas, respectivamente, pelo presidente da CUT Estadual, Adi dos Santos Lima, e o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, e ficou marcado pela defesa da Petrobras e de seus trabalhadores. A defesa da empresa foi feita pela coordenadora do Sindicato dos Petroleiros Unificados de São Paulo, Cibele Vieira, que denunciou o movimento de setores do empresariado e da mídia local e internacional para a privatização deste patrimônio que pertence à população brasileira.  

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O segundo dia, 09, teve início com a discussão sobre a situação da mulher no mundo de trabalho observando o tema “Em Defesa e Fortalecimento da Democracia - Igualdade, Autonomia e Liberdade para as Mulheres!”. A temática desta mesa foi trabalhada por Erika Martins, do Comitê de Luta pela Água, Adriana Magalhães, secretária de Comunicação da CUT SP, e de Denise Motta Dau, secretária da mulher da Prefeitura de São Paulo.

De acordo com Motta Dau, é sempre bom relembrar que foram as lutas das trabalhadoras que fizeram com que o 8 de Março fosse identificado como Dia Internacional da Mulher. Para ela, o feminismo e o sindicalismo sempre dialogaram como formas de luta em prol das mulheres. Destacou, ainda, a importância das políticas públicas conquistadas pelas mulheres nestas últimas décadas. “As políticas públicas têm que incorporar as diversidades que as mulheres apresentam. É preciso ter ações transversais sobre as questões específicas das mulheres dentro da abordagem de gênero. A participação feminina na política deve acontecer em maior escala. Este ainda é um espaço em que as mulheres devem atuar cada vez mais,” destaca a secretária da Prefeitura de São Paulo.

O debate precedeu o trabalho em grupo para discussão e aprovação de emendas ao texto base do 8º Encontro Nacional de Mulheres da CUT, previsto para os dias 27 a 29 de março, em Brasília, e a eleição das delegadas para esta próxima etapa. A participação das representantes dos Sindicatos da Seguridade Social foi expressiva nos debates e nos trabalhos em grupos. Foram aprovadas 11 vagas para delegadas de São Paulo representantes do Ramo da Seguridade Social.

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Segundo Célia Regina Costa, a realização do 8º Encontro Estadual de Mulheres com a presença de cerca de 200 delegadas de todos os setores reflete a forte participação das companheiras na Marcha das Mulheres em São Paulo e em todo o país. “Vamos, com certeza, estar no dia 13 de março lutando para manter e aprofundar a democracia em nosso país e lutar pela Petrobras. Contamos com todas as companheiras e companheiros nesta jornada de lutas em favor dos trabalhadores e trabalhadoras,” menciona a secretária Geral da Confederação.

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Fernanda Magano, presidente da Fenapsi, destaca a importância da representação das  delegadas da Seguridade Social no 8º Encontro de Mulheres da CUT/SP onde está se discutindo a defesa dos direitos das mulheres. Sobre a Marcha do dia anterior, Magano cita a emoção de ver a participação não só dos segmentos organizados, mas da sociedade civil se incorporando na causa dos movimentos de mulheres. “A gente luta para além do direito dos trabalhadores e das trabalhadoras. O encontro Estadual é uma preparatória para a etapa Nacional e para o Congresso da CUT. Estes serão momentos onde poderemos discutir o direto da mulher exercer um mandato na Central,” conclui Magano.

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa CNTSS/CUT