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Metalúrgicos do ABC decidem: montadoras têm 48 horas para evitar greve geral

13/09/2010

Escrito por: Fonte – Cut/SP

Metalúrgicos do ABC decidem: montadoras têm 48 horas para evitar greve geral Dez mil trabalhadores rejeitam proposta salarial (7%) das empresas; segunda-feira (13), Sindicato entrega aviso legal de greve.

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Assembleia com mais de 10 mil metalúrgicos rejeitou, por unanimidade, na manhã deste sábado (11), proposta de 7% de reajuste salarial feita pelas montadoras. Na segunda-feira (13), as empresas receberão aviso de greve e terão 48 horas (prazo exigido por lei) para se manifestar. Depois desse prazo, a categoria pode decretar greve geral e levar mais de 40 mil trabalhadores a cruzarem os braços por tempo indetermina no ABC. A decisão da assembléia também atinge o Grupo 10, que não apresentou proposta.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, explicou aos trabalhadores, na assembléia, que por uma questão legal é preciso avisar as montadoras com 48 horas de antecedência para decretar uma greve geral. Até lá, haverá mobilizações, protestos e paralisações por tempo determinado nas montadoras

"Somos uma categoria organizada que sabe trabalhar, mas também sabe lutar. Por isso somos exemplo seguido pelo restante do País. Não abrimos mão de termos os melhores salários e as melhores condições de trabalho. Estamos abertos à negociação e queremos resolver o impasse na mesa, por meio do diálogo, que é a melhor forma, mas se não houver proposta dos patrões a greve geral é um caminho legítimo e será usado" disse Nobre.

SÓ FALTAM DOIS GRUPOS - Além do grupo das montadoras, o Grupo 10 (lâmpadas, prensas, equipamentos odontológicos, iluminação entre outros) também não apresentou proposta. Nos demais grupos: G2 (máquinas, aparelhos elétricos e eletrônicos) Fundição, G3 (autopeças) e G8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração etc.), o sindicato conquistou 9% de aumento salarial. É o maior aumento real obtido pela categoria nos últimos dez anos - representa o dobro da inflação acumulada no período, 4,4%.

Durante toda a semana, os metalúrgicos (horistas e mensalistas) nas quatro montadoras de São Bernardo (Ford, Volkswagen, Mercedes-Benz e Scania) e em outras empresas da base milhares de trabalhadores fizeram manifestações, passeatas e pararam a produção em protesto contra a falta de propostas.

A base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem 101,4 trabalhadores, desse total 32 mil trabalham nas cinco montadoras de São Bernardo do Campo.

Metalúrgicos de Taubaté aprovam estado de greve na Volkswagen e Ford - Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região
Os trabalhadores nas montadoras Volkswagen e Ford de Taubaté aprovaram o estado de greve, em assembléia realizada no último sábado, 11, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região.

O estado de greve foi aprovado pelos trabalhadores devido ao impasse nas negociações da Campanha Salarial 2010 com as montadoras.

Após 14 horas de negociação, que teve início na sexta-feira, dia 10, e terminou na madrugada do último sábado, às 3h40, não houve consenso com a bancada patronal do Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) sobre a proposta de aumento salarial reivindicada pela bancada dos trabalhadores.

A bancada patronal apresentou uma proposta de reajuste salarial de 7% que foi rejeitada na mesa de negociação pelos Metalúrgicos da CUT. Durante a assembleia, os trabalhadores reafirmaram a rejeição da proposta em votação.

A assembleia conduzida pelo presidente do Sindicato, Isaac do Carmo, contou com a presença do presidente da FEM/CUT-SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), Valmir Marques da Silva (Biro Biro), e de representantes dos Comitês Sindicais e Comissões de Fábrica da Volkswagen e Ford de Taubaté.

Durante a assembleia, o presidente Isaac destacou a dificuldade nas negociações com as montadoras e ressaltou a importância da unidade dos trabalhadores neste momento da Campanha Salarial 2010.
“Vamos para a luta a partir desta semana, intensificando as mobilizações nas fábricas até que uma proposta que contemple os trabalhadores seja apresentada”, afirma o presidente Isaac.

“Tivemos reajustes que contemplaram os trabalhadores nas Autopeças e no Grupo 8, e não vamos abrir mão de um reajuste digno para os trabalhadores nas montadoras, que, no último ano, tiveram sucessivos recordes de vendas e produção em nosso país”, disse também o presidente do Sindicato.

Nesta segunda-feira, dia 13, os Metalúrgicos da CUT entregam o comunicado de greve para a bancada patronal do Sinfavea, já que o estado de greve também foi aprovado em outras bases como no ABC, em São Carlos (Volks) e em Tatuí (Ford).

O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região representa 7.500 trabalhadores nas Montadoras Volkswagen e Ford.

Foto - Assembleia com mais de 10 mil metalúrgicos rejeitou proposta de 7% de reajuste (Foto: Rossana Lana / SMABC



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